Nesses dias recebi uma visita especial - Silvina, uma amiga de Salta (Argentina), que não via há um tempinho. Veio fazer um trabalho no Brasil, e passou dois dias aqui na maquete habitada. Na quinta, barzinho tranquilo para deixar a fofoca em dia. Na sexta, pingamos aqui e ali, para completar o city tour... ela riu tanto ao ver as noivas passeando pelo Pontão enquanto tomávamos um café de fim de tarde!
À noite, mulherada reunida, fizemos uma bela fileira no teatro, para escutar um excelente concerto da big band, com direito a uma variação fantástica, desde "Qui nem jiló", passando por "Água de beber", "Fly me to the moon", até chegar no frevo de Olinda. Foi lindo... o que seria da vida sem música?
Depois, tour em bares e restaurantes - vista ao irmão com esposa, para comemorar um título; amigas latinas de Silvina, onde eu era a única brasileira da mesa, e finalmente, bater o ponto no inferninho refúgio de sempre - sinuca, para reencontrar as meninas.
Lugar lotado, muitos cumprimentos e apresentações, as coisas começam a se encaixar: Billie se rende ao sorriso do Grandão, no momento em que um gatinho de seu interesse chega ao nosso encontro, além da chegada do mal humorado (ao cubo) Pequeno Polegar. Uma panela de pressão só!
Eu, tranquila até então, conversava sobre coisas da vida com Silvina, até que, quem senta em uma mesa à minha frente? Quem? Quem? O Viking, que eu havia recém fugido na mesma semana. Sem saída, fui cumprimenta-lo. Até aí, tudo bem. Mas, para fugir de um "corcunda de Notre Dame", o convidei para uma partida.
Volto para situar Silvina no contexto - conto de Billie com Pequeno Polegar, interessada no mineirinho que chegou, e ficando com o Grandão sorridente. Conto do meu caso com Viking, aquele homem enorme, maravilhoso, que tem o poder de me tocar e me deixar louca, mas quer namorar, e eu.... não, não quero nada sério por enquanto. Um dia, ele me viu com outra pessoa, ficou com raiva, e desde então só me cumprimentava por educação.
No auge alcóolico, Billie atracada ainda com Grandão, um amigo sentado no colo de Silvina, Viking para na minha frente e encosta no balcão, claramente à minha espera. "Você está com alguém aqui?" dando aquela apertada no meu ombro. Eu já arrepio na hora e respondo que não, não, estou sozinha. Olho para meu amigo agarrando Silvina à força, e me sinto obrigada a sair dali, para não deixa-la pior. Me despeço, e falo com Viking - vou deixar a Silvina em casa, quer me acompanhar? "Contigo, vou pra qualquer lugar!"
Quando Silvina fecha a porta do carro, ele já me dá uma mordiscada no ombro que eu tremo dos pés à cabeça -calma, Viking, tenho que dirigir! Ele responde "tudo bem, então", e põe a mão na minha perna, ainda assim me deixando louca. Chega a ser engraçado como ele sabe me "ligar". Me sinto um aparelho qualquer, com vários botões, que são visíveis só para ele. Aperte aqui e ouça um suspiro, ali e obtenha um arrepio, e esses dois juntos e mais um tremor...
Paramos embaixo da casa do primo dele, o Profeta. "Você sabe que sou louco por você", enquanto vem com aquelas mãos enoooormes pra cima de mim. O resto, aff, nem posso contar o que acontece!!!! Ele realmente é uma potência!!! Gooooooooooooollllllllllllllllllllll!
E, deitada naquele peitoral excepcional, vem a armadilha: "Vou aproveitar que estou bêbado pra falar tudo o que penso: sou completamente apaixonado por você, Ella. Vou respeitar sua liberdade, do jeito que você gosta, mas saiba que quando você quiser algo sério, eu estou aqui!" O que responder? Que saia justa.... "Eu acho que você está confundindo as coisas, Viking. O que você sente é desejo, como eu sinto quando você me encosta". "Ella, eu tenho 39 anos, sei diferenciar muito bem desejo de paixão". "Viking, eu nem sei o que será da minha vida! Nesses próximos meses, nem sei se permaneço nessa cidade!" "Olha, eu já conversei sobre você com meu primo, meu irmão, pode perguntar - quando te vejo, fico louco, desconcentrado, só consigo pensar e olhar pra você! Aquele dia que te vi com outro, fiquei com muita raiva, mas eu não consigo deixar de pensar em você. Do seu lado, fico tranquilo, seguro, à vontade... pode ser loucura, mas vou pra onde você quiser" E agora? Fiquei sem palavras, e acho que ele percebeu que me assustou um pouco, e tentou abrandar um pouco as coisas "Eu te respeito, respeito sua liberdade, seu espaço. Enquanto você quiser, vou pegar suas migalhas, já fico feliz por isso". Já amanhecendo, vou para casa com uma pele melhor, porém com dúvidas e mais dúvidas na cabeça. Até onde meu desejo vai? Até que ponto posso chegar nessa história?
E, nesses encontros e desencontros à parte, é que a vida continua....
By Ella
sábado, 30 de janeiro de 2010
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