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GUIA DE SOBREVIVÊNCIA FEMININA NA CAPITAL

Quem disse que a Capital federal é provinciana e não tem nada pra fazer? É porque você bebeu pouco, ou não sabe aonde ir....

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sim, ele teve direito ao capítulo 2



Sexta saio da natação, tomo banho, termino mala, e rasgo a estrada rumo sinuca inferninho de sempre. Meus queridos de sempre, sinuca para todos os lados, sorrisos para todos os lados, novas figuras posicionadas, nenhuma figura antiga à vista, exceto os amigos. E foi uma noite cheia de ficha correndo na mesa, jogadas espetaculares, e muitos e muitos papos. Fico sabendo de uma festa famosa, a rolar no sábado, na casa do Colombo, e admito que senti certa interessância. mas já tinha combinado o porão do rock (que foi um real revival com amigos do colegial, ameeeei também). Continuo no blá blá, beber, e bater bola, uma atrás da outra, com Lorão e Kapeta.

A mesa dos bonitinhos está presente, também com Xará andando e se mostrando, fingindo que quer, e que não quer. Continuo achando divertido, mas, diante de tanta opção mais quente, dá preguiça esquentar a cabeça com menino. Daí lembro daquele homem me olhando duro.

Decido perguntar por alto ao Beto do Pele Selvagem, mas ele não entende de quem eu falo. Nem foi preciso - ele apareceu 15 minutos depois. Foi na mesa, conversou com Kapeta me olhando. De longe, já senti aquecimentos solares. Ele se apresenta pra mim: Meu nome é Pele Selvagem, e você? Sou Ella. Ele cheira meu pescoço, roça na minha pele, e diz "você tem cheiro de Ella". Uaaaau. Tremi nas bases. Quem? Quem foi o trem que passou em cima de mim? Montamos duplas alternadas. E esse Pele Selvagem simplesmente me agarrou sem cerimônias, daquele jeito, bem à vontade. De primeira fiquei meio assim, do EX aparecer, ou X, aquela insegurança. Ainda mais porque o Pele Selvagem não tem nada de nada de nada em comum comigo, exceto o rock, e a pele selvagem.

Imagina o estereótipo do policial? É ele mesmo. Sargento (hahahaha), braços vigorosos, cavanhaque, óculos escuros, braço cruzado, cara de mal, faixa preta, tatuagem nos antebraços (Jesus e nome de Filha), Flamengo nas costas. Aquela pose marrenta. Tudo que abomino. Medoooo. Mas ele é uma delícia.... ui ui ui. Ele me aperta de um jeito, que fica difícil de resistir àquela pele selvagem.

Uma figura interessante. Ele me pergunta "o que em mim te pegou: o cavanhaque, a camisa, ou o perfume?" Eu digo "você me olhando na fila". Ele ri. Acabou que me rendi àquela pele ardendo na minha, e continuamos as partidas com beijos. Depois, fomos para sua casa. E no blues, a noite virou dia. No dia seguinte, mais tudo e nada, até a hora de encontrar o povo no porão (mesmo!), com direito a encontrar Grego Errado durante o almoço (!). No fim, nos damos bem na troca de experiências. É um encontro de universos completamente distintos, tipo Amelie Poulain Bitch x Gotham city. Hahaha. Digamos que  estivemos no mesmo ambiente muitas vezes. Ele sempre Gotham, eu sempre Amelie (bitch ou não). Rimos, divertimos, dividimos sensações, confissões. Tenho me dado esses encontros vadios. Me sinto mais segura de não magoar ninguém.

No porão, a noite foi gloriosa e animada, com pura manguaça, reencontro com várias galeras, chuva com raios e trovões espetaculares, correrias e encolhimento no toldo, perdida dos principais shows que queríamos - algo não planejado, mas calhou de ser bem próximo do nosso modus operandi adolescente de 20 anos atrás. Mas nos divertimos à beça! Loura, Nina, Tarado e Eu temos um bom ritmo juntos, foi ótimo! A crítica fica para a falta de anúncio de shows do terceiro palco, que estava afastado dos demais, e com tempo de atraso diferente dos demais. Infelizmente perdemos as bandas que mais queríamos assistir (Sepultura, Dark Avenger, Deceivers...). Mas ok. Que venham outros. Mais organizados. Se eles aprendessem com a galera de Gyn... Enfim, todas as fofocas e gargalhadas, foi uma onda muito massa! Depois ainda rolou comidinha na madruga com Tarado, ao som de sons de todos os tempos!

Domingueira, dia relax de almoçar com mama e amiga, ir ao Dalí na caixa (imperdível), tomar um cappuccino gelado 027 no café favorito que tá no fecha-não-fecha (despedidaaaa), com Sissi. Despues, chega Nina e propõe sinuca (que até estava nos planos). Fomos, jogamos 4 partidas. 2 x 2. Última ficha. Pensei: hummmm, quero arder mais naquela pele selvagem. Mando mensagem. Acaba nossa partida, Nina vence. Pego a última cerva. No caminho para a porta, quem surge de lá? O Pele. Marrento daquele jeito. Esmaga Nina no abraço, dá uma traumatizada nela. Hahaha. Depois de Nina ir, fico um pouco lá, no universo Gotham, com a galera dele. Então, ele pergunta meu horário de retorno, faz as contas, e me chama. Lá fomos nós, para o festival de atracação sem fim de novo ....

Acordo, e após papo e papo e café e agarradas sem futuro (acabaram os preservativos), pego a estrada esgotada e renovada para a (boa e dedicada) escravidão.

By Ella

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